Inclusão Digital
Inclusão digital, o que seria? Hoje esse termo tornou-se tão corriqueiro, que
empresas e governos, o vêm utilizando sem critério algum. O termo foi criado
com intuito de promover a inclusão digital das classes menos favorecidas, e que,
os usuários dessa inclusão difundam seus conhecimentos para toda a comunidade
transformando-se num facilitador.
Nesse sentido, Incluir-se digitalmente, faz parte do processo da
construção de uma cidadania plena. As oportunidades criadas pela era digital,
podem transformar as condições de um individuo, levando-o a contribuir na
construção da cidadania. Para tanto, é necessário que se crie mecanismos e
transformações nos hábitos de cada usuário da ferramenta digital. Quando cada
indivíduo tiver a consciência critica, de que as ferramentas: computador e
internet - podem proporcionar bem mais que um “Simples acesso” e
souberem maximizar a utilização destes meios, terão suas vidas afetadas de
forma positiva.
O governo vem promovendo a inclusão digital de várias formas: criação de
telecentros, subsídios a equipamentos com configurações padrões e financiamento
facilitado, PROINFO, UCA, popularização da internet. Porém, essas medidas não
tem atingido a grande parte da sociedade que necessita destes mecanismos.
Existe também o outro lado, o da exclusão digital, por isso a
necessidade da inclusão. Temos que pensar até que ponto a inclusão digital é
valida para uma família que não consegue o próprio alimento quiçá pagar uma
mensalidade ainda que barata de um computador. Coexistindo com este
problema, tem-se a falta de preparo no atendimento de alguns programas do
governo, e a falta de manutenção adequada nos equipamentos. Os eventos para
inclusão digital não são patrocinados e divulgados nas mídias além da falta de
transparência entre sociedade engajada e programas do governo.
Levando este quadro exposto acima, para o contexto escolar, temos graves
distorções desta “inclusão”. Escolas
recebem equipamentos modernos e de qualidade, porém, não possuem uma
infraestrutura adequada para instalar e utilizar o material. Técnicos de
informática, que em sua maioria, não possuem o treinamento adequado para
manusear, auxiliar e motivar o desenvolvimento da ferramenta no ambiente
escolar. Tem-se também a utilização dos programas, que em grande parte, não
foram desenvolvido por educadores, e não possui adequação as particularidades
dos diversos métodos pedagógicos existentes, ou simplesmente são traduzidos
para o português, pois foram importados e, portanto, não fazem parte do contexto
nacional e nem local.
Inclui-se ainda a falta de capacitação e motivação dos discentes. Quando
a “capacitação” acontece, o problema de interpretação do que seria o termo
inclusão digital se sobressai muito dos treinamentos acontecem somente como um
ensinamento da utilização dos programas, e não como essas ferramentas podem
enriquecer a prática educacional, não somente os programas bases, mas também o
desenvolvimento de ferramentas práticas adequadas a este contexto educacional.
O grande desafio da inclusão digital, é fugir do
estereótipo de distribuição de computadores, se faz necessário realizar uma
capacitação dos professores, facilitadores, para que eles consigam desenvolver
e descobrir a potencialidade da ferramenta, sem a necessidade de intermediários.
É preciso ensiná-los a utilizarem em beneficio próprio e coletivo. Porém, sem
os meios necessários e recursos apropriados, essa inclusão pode se tornar
apenas um discurso vazio, voltado para a promoção do Estado, uma nova forma de
populismo.
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